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EUA viram o maior importador de ovos do Brasil

  • Foto do escritor: AVIMIG
    AVIMIG
  • há 5 dias
  • 3 min de leitura

Em março, os Estados Unidos se tornaram o maior importador de ovos do Brasil. O país, que vive uma crise de oferta do alimento por causa da epidemia de gripe aviária, comprou 2.705 toneladas de ovos brasileiros no mês passado. O número é 346,4% maior que o registrado em março de 2024. Em fevereiro deste ano, quando estava na segunda posição entre os importadores, atrás dos Emirados Árabes, os Estados Unidos importaram 503 toneladas do Brasil, de acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).


Com o forte crescimento das vendas aos EUA, as exportações totais brasileiras alcançaram 3.770 toneladas em março, um aumento de 342,2% em comparação a igual período de 2024. A receita também disparou, e atingiu US$ 8,65 milhões uma alta de 383% em relação a 2024.


As exportações brasileiras de ovos incluem tanto produtos in natura quanto processados. No primeiro trimestre, as exportações do produto cresceram 97,2% em relação a igual período de 2024 e somaram 8.654 toneladas.


De acordo com Ricardo Santin, presidente da ABPA, o aumento reflete a abertura do mercado dos EUA para ovos produzidos no Brasil, destinados ao termoprocessamento local para a produção de alimentos para consumo humano. “Ao mesmo tempo em que se preserva a oferta interna de produtos para o mercado interno, já que representam em torno de 1% do total produzido no país, as exportações representam uma conquista importante para o avanço do segmento”, afirmou em nota.


Os americanos inicialmente importavam ovos brasileiros apenas para uso como ingrediente de ração animal. E, recentemente, diante da escassez de oferta, passaram a habilitar exportações para o consumo humano, mas apenas como ingrediente da indústria.


Segundo Laiz Foltran, coordenadora de inteligência de mercados da ABPA, a expectativa é que as exportações sigam sustentadas nos próximos meses, sobretudo com a demanda dos EUA, mas também de Chile e Japão. A perspectiva também é positiva em relação ao México, um novo mercado.

Foltran disse ao Valor que o governo brasileiro segue negociando com as autoridades americanas a ampliação do escopo de exportação aos EUA, para que seja possível exportar ovos também para o consumo humano, sem processamento industrial.


A crise sanitária nos EUA já levou à morte de 30,3 milhões de aves poedeiras no país apenas em 2025, o que reduziu a oferta de ovos local e fez os preços dispararem. Nesse cenário, o presidente Donald Trump e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) têm feito uma verdadeira “caça aos ovos” no mercado internacional, em busca de produto de outros países para amenizar a escassez doméstica.


No entanto, muitos já negaram o envio ovos para os EUA, como a Alemanha, Itália, Polônia, Suécia, Dinamarca e Finlândia. A Turquia e o México, atualmente, são os principais fornecedores dos EUA. Muitos países não têm excedente para exportar, seja por uma forte demanda interna ou, até mesmo, por seus próprios casos de gripe aviária. Além disso, as exigências sanitárias americanas são distintas.

As tarifas de importação anunciadas por Trump na última semana também podem elevar os preços dos ovos importados.


Do início do ano até 25 de fevereiro, os EUA importaram 4,78 milhões de dúzias de ovos in natura, um aumento de 478% em relação ao mesmo período do ano passado, com alta também nos derivados de ovos, segundo informe do USDA. O relatório afirma que a capacidade de reposição dos estoques e a evolução dos surtos de gripe aviária serão determinantes nas próximas semanas.


Exportações brasileiras de ovos incluem tanto produtos in natura quanto processados — Foto: Pixabay
Exportações brasileiras de ovos incluem tanto produtos in natura quanto processados — Foto: Pixabay

Fonte: Globo Rural

 
 
 

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